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Juros longos caem sob pressão de expectativa com eleição

As expectativas em torno de uma possível vitória da candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, reforçadas por indicadores econômicos fracos anunciados nesta sexta-feira, 29, pressionaram para baixo os juros futuros, principalmente na ponta mais longa d

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.08.2014, 17:02:01 Editado em 27.04.2020, 20:09:54
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As expectativas em torno de uma possível vitória da candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, reforçadas por indicadores econômicos fracos anunciados nesta sexta-feira, 29, pressionaram para baixo os juros futuros, principalmente na ponta mais longa do vértice.

Pela manhã, foi divulgada uma série de indicadores negativos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) recuou 0,60% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas, que esperavam desde uma queda de 1,30% até estabilidade (0,00%), com mediana negativa de 0,40%. Na comparação com o segundo trimestre de 2013, o PIB recuou 0,90% no segundo trimestre deste ano. Os números do PIB apontam ainda que o Brasil entrou em recessão técnica.

Para a agência de classificação de risco Fitch, a contração na economia do Brasil no segundo trimestre ressalta desafios importantes que o próximo governo do País enfrentará, após a eleição presidencial de outubro. Segundo a agência, as perspectivas econômicas de médio prazo dependerão muito das medidas tomadas pela próxima administração para restaurar a confiança, reduzir o custo de fazer negócios e facilitar uma transição mais rápida em direção ao crescimento liderado pelo investimento. A Fitch disse também que o Brasil está passando por uma "desaceleração prolongada". "O crescimento médio em 2011 a 2013 foi de 2,1%, menos da metade da média de 4,5% no período de 2006 a 2010", afirmou.

Além dos números da atividade econômica, foram anunciados os resultados fiscais do governo central e consolidado. O governo central informou que registrou déficit de R$ 2,196 bilhões em julho, o resultado mais fraco para o mês desde o início da série histórica, em 1997. Já o setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 4,715 bilhões em julho, o primeiro resultado negativo para o mês na história.

Os indicadores alimentaram as apostas de agentes de analistas do mercado de que Marina Silva tem chances de vencer a disputa eleitoral, desbancando a presidente Dilma Roussef, que tenta se reeleger.

Diante dessas especulações, os juros futuros também recuaram no início da sessão. As taxas ensaiaram uma recuperação no começo da tarde, em meio a uma realização de lucros. O movimento, no entanto, não perdurou e as taxas acabaram devolvendo os ganhos, principalmente na ponta mais longa do vértice.

No fim do pregão regular da BM&FBovespa, as taxas mais curtas terminaram perto da estabilidade, enquanto as mais longas recuaram. O DI para janeiro de 2015 (699.100 contratos) tinha taxa de 10,78%, igual ao ajuste de ontem. Entre os vértices intermediários e longos, o DI para janeiro de 2016 (240.880 contratos) ficou em 11,22%, ante 11,24% ontem. O DI para janeiro de 2017 (349.605 contratos) tinha taxa de 11,23%, ante 11,26% na quinta-feira. Já o DI para janeiro de 2021 (150.720 contratos) projetava taxa de 11,13%, de 11,18%.

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