BRASÍLIA, DF - O governo formou um grupo de trabalho interministerial para mapear e combater os chamados crimes de ódio na internet. Participarão técnicos dos Ministério da Justiça e das secretarias de Direitos Humanos, de Promoção da Igualdade Racial e de Políticas para as Mulheres.
Um software desenvolvido pela Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo) será usado para identificar os autores das práticas ilegais. O programa consegue mapear, tabular e analisar em tempo real de onde partem atos de ofensa e apologia aos atos de ódio em ambientes virtuais.
A ferramenta filtra determinados termos e palavras, cruza dados públicos dos cidadãos e, em alguns casos, pode revelar a localização exata do internauta que publicou o conteúdo.
Ao receber informações de práticas como racismo e discriminação sexual, por exemplo, os ministérios agirão dentro de suas competências e municiarão forças policiais, Ministério Público, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e Defensoria Pública.
De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos, que firmou a parceria com a universidade capixaba, por dia, chegam às redes sociais da pasta de três a cinco denúncias, pedindo providências ao governo. O grupo de trabalho foi criado nesta semana em um evento na Secretaria de Direitos Humanos.
Estavam presentes Ideli Salvatti (Direitos Humanos), Heloisa Bairros (Igualdade Racial) e a ministra interina da Secretaria de Política para as Mulheres, Lourdes Maria Bandeira, o secretário executivo do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira, além de representantes da OAB, Ufes e Defensoria Pública.
Escrito por Da Redação
Publicado em 24.11.2014, 06:52:46 Editado em 27.04.2020, 20:05:39
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