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STF monitora eventuais ataques, mas crê que ato de Bolsonaro se concentrará em tema da 'censura'

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) vão monitorar o ato que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) promove neste domingo em Copacabana, no Rio. Mas, diferentemente da expectativa que havia sido criada para o primeiro desses eventos - realizado na

Monica Gugliano (via Agência Estado)

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Escrito por Monica Gugliano (via Agência Estado)
Publicado em 20.04.2024, 08:02:00 Editado em 20.04.2024, 08:07:43
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Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) vão monitorar o ato que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) promove neste domingo em Copacabana, no Rio. Mas, diferentemente da expectativa que havia sido criada para o primeiro desses eventos - realizado na Avenida Paulista em fevereiro - os ministros não acreditam que ele se deterá em atacar a Corte ou em reprisar com muita insistência os episódios do 8 de janeiro do ano passado.

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Como da outra vez, porém, deve assinalar a ameaça de que o País "está próximo de se tornar uma ditadura" e que os brasileiros de bem necessitam tomar as ruas em defesa da democracia. Também como fez no comício da Avenida Paulista, Bolsonaro está pedindo aos seus seguidores que não levam faixas e cartazes com ataques aos ministros do Supremo.

O pastor Silas Malafaia, um dos organizadores da manifestação, postou no X (antigo twitter) um vídeo de Bolsonaro em que o ex-presidente reafirma que será um ato pacífico em defesa da democracia, sem cartazes e sem faixas. "Vamos lá, fazer essa manifestação que, novamente, servirá para uma fotografia para o mundo e para nós discutirmos aí, realmente, o nosso Estado democrático de direito', afirmou na gravação.

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Desde o governo do ex-capitão, a orla de Copacabana se tornou território bolsonarista. Ali, Bolsonaro fez praticamente todos os seus atos públicos e chegou a tentar transferir a parada militar de 7 de Setembro da Avenida Getúlio Vargas - onde acontece tradicionalmente todos os anos - para a praia. No fim não deu certo e o Rio ficou sem o desfile.

Embora não vá deixar de lado a defesa em causa própria sobre a suposta tentativa de golpe frustrada e nem os pedidos de anistia para os vândalos que invadiram as sedes dos Três Poderes, Bolsonaro vai destacar as críticas do empresário Elon Musk ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Musk acusa Moraes de censurar publicações e defendeu o impeachment do ministro, prometendo que publicaria em breve ordens de Moraes que, segundo ele, violam as leis brasileiras. Em outra bravata disse que descumpriria as ordens judiciais brasileiras.

Por fim, Musk conseguiu um relatório produzido por uma comissão parlamentar nos Estados Unidos, intitulado "O ataque contra a liberdade de expressão no exterior e o silêncio da administração Biden: o caso do Brasil". A comissão é presidida pelo republicano Jim Jordan, muito ligado ao ex-presidente Donald Trump.

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Em nota divulgada nesta quinta, a assessoria de imprensa do STF afirmou que os documentos reproduzidos no relatório da comissão parlamentar norte-americana não se tratam "das decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas sim dos ofícios enviados às plataformas para cumprimento da decisão".

Portanto, se imagina que Bolsonaro usará o tema e o confronto entre Musk e Moraes para animar seus apoiadores e repetir o questionamento de por que o ministro defende a censura, tentando tirar do ar publicações que considera inapropriadas.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), confirmou nesta sexta-feira (19) sua presença no ato marcado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na praia de Copacabana. Ele indicou que usará o evento para criticar a ação da Procuradoria Regional Eleitoral que pede a cassação de seu mandato.

Os dois processos contra Castro e mais 12 aliados estão na fase final de tramitação no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). A Procuradoria o acusa de abuso de poder político e econômico em sua campanha de reeleição ao governo do estado, em 2022.

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